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O Tempo e a Memória durante a Pandemia.

  • Foto do escritor: José Victor Prado
    José Victor Prado
  • 31 de dez. de 2020
  • 2 min de leitura

Bom, primeiramente boa tarde né amigos? Eu criei esse espaço (mais um) para poder falar de forma mais leve e simples algumas ideias que fazem parte do cotidiano. Diante desse nosso novo cantinho de diálogo que cultivei durante muito tempo no Facebook, trago uma reflexão bem gostosinha: esse ano que está indo embora existiu ou foi um delírio coletivo?


Eis a questão meus queridos, eu pelo menos consigo imaginar o início do terceiro mês desse ano e vê-lo com precisão diante dos meus olhos hoje. O dilema de ver a vida passar parece muito real, conseguem entender o raciocínio? Parece que foi ontem que a gente se enclausurou e mudou toda nossa vida por conta de uma doença, e o pesadelo que parecia ter vida curta parece estar deteriorando as nossas memórias. A diferença entre 2019 e 2021 parece não ter sido preenchida, existe um imenso vazio dentro de nós que clama pela normalidade. Amigos, novo normal não existe, tudo isso é esquisito. As pessoas andam de máscara e sentem medo do abraço e do aperto de mãos, ou então negam a realidade e pensam estar além dela colocando a vida dos outros em risco. Enfim, parece que um buraco surgiu nesse ano, estamos carentes de temporalidade e distinção de memória.


Os dias antes do bichinho chegar eram repetitivos? Pra caramba, mas a rotina diária traz suas peculiaridades. Desde a tia da limpeza até aos personagens de rua das cidades, sentir que tudo corre bem torna tudo especial. Reflexão breve para vocês meus queridos, reparem em como vocês se sentiam quando entravam de férias da escola e reparem também quando sentiram que as aulas presenciais não voltariam com tanta facilidade. Para alguns livramento, para outros estranhamento.


Bom, sou meio estranho né? Fico com a turma dos que esperam emergencialmente pela volta da vida e o fim da sobrevivência, e sinto que tal momento está próximo, afinal, já sinto o meu coração bater forte e a inspiração brotar em minha porta. A linearidade dos dias está por vir, e é isso que espero para o próximo ano: a continuação de um 2020 que nunca existiu.

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