A Inserção na Vida em Sociedade é Melancólica.

Aqui hoje meus queridos eu vou tratar de uma reflexão que surgiu enquanto eu escutava Mad World pela milésima vez em minha vida. Poxa Zé, mas você tá falando dessa música por qual razão cara? E a resposta é muito simples, essa música ainda me traz o doce sabor da melancolia assim como trazia lá em 2017 quando eu, adolescente rebelde, escutava a canção enquanto me rebelava contra o sistema educacional que eu tanto criticava (e tinha razão). Tá bom, e o que isso tem a ver com vida em sociedade e melancolia? Outra resposta simples, antes havia um princípio de reflexão por parte do sistema educacional, e hoje faço reflexões acerca do universo do trabalho.

Nunca deixei de refletir sobre as particularidades humanas, e talvez seja isso que tenha me levado ao caminho do curso de História. Tal reflexão me leva a crer que nós não vivemos e sim sobrevivemos, baseado em porr* nenhuma, é minha opinião mesmo e por isso tá aqui nesse site com meu nome e não associado ao História p/ quem faz (inclusive acessem e vejam um conteúdo diferenciado). Nós sobrevivemos, e a força de trabalho não contempla nossa especificidade engenhosa da mão de obra, a força de trabalho contempla algo muito mais importante: o nosso tempo.

Caras, já pararam para pensar que estão colonizando o nosso tempo? Se eu estava na escola e sentia que era uma colonização de tempo, se eu enxergo as pessoas ao meu redor se esgotarem para gerar lucros para terceiros, onde está a aplicação real do tempo em viver? Não há tal aplicação, afinal, nós gastamos tanto tempo sobrevivendo que quando há tempo disponível nós o usamos para recarregar energias para então voltarmos a sobreviver. Infelizmente dentro do nosso modelo de sociedade os ideais de produtividade caminham em lado contrário aos ideias de bem-estar. No geral, os empregadores acreditam que a exploração está ligada a produtividade, sem notar que é preciso se sentir confortável para produzir, é necessário sentir-se humano para ser humano. Aí cabe a reflexão, se passamos anos dentro de um sistema extremamente opressor nos preparando para o mercado de trabalho e depois passamos anos dentro de um mercado de trabalho caótico e também opressor, notamos que a melancolia da vida está em ver o tempo passar e ver que a verdadeira face da vida é alimentar um sistema extremamente desigual e maldoso, um sistema onde alguns ostentam usando como escada os mais fracos e outros que não tem o básico para sobreviver. Em um universo que é pautado nas aparências, temos rostinhos aparentemente tristes em todos os cantos da cidade. Há uma legião de desesperados por viver...