A Caneta e a Escola
- José Victor Prado
- 19 de jan. de 2021
- 2 min de leitura
Essa semana eu comecei com uma notícia maravilhosa, logo pela manhã da segunda minha caixa de canetinhas chegou da China. Aliás, boa noite né pessoal?
Afinal, o que isso se relaciona com a escola? Vamos lá então!
Em minha primeira experiência com a caneta logo me acostumei, passei a enxergar a letragem bonitinha de forma diferente. Antes, usava uma outra caneta, sendo essa de ponta mais fina. Dois dias depois, resolvi utilizar a caneta que usava antes e para minha surpresa eu já não conseguia mais escrever com ela.
E onde tá a escola nisso seu maluco?
Há uma tendência de que os nossos professores se esqueçam que outrora foram somente alunos, e a caneta que escrevia seus sonhos pode não mais escrever o mesmo livro do seu futuro. Na caneta que ordena a docência faz total diferença que nós (estou incluído como futuro historiador) jamais nos esqueçamos de como pensávamos e agíamos enquanto alunos. Meus amigos, o que norteia um professor dentro de sala de aula é a construção do desejo e do profissional enquanto docente. Principalmente a construção do desejo, eu por exemplo sempre fui um aluno temperamental, amado ou odiado eu sabia ocupar os espaços onde estava e isso JAMAIS deverá ser abandonado. Eu como docente deverei ter consciência de que eu abominava X coisas do sistema, é inadmissível que a gente abra mão daquilo que acredita por lugares ou espaços. Não vale a pena abrir mão de si mesmo, não vale a pena abandonar aquilo que movimenta meu coração. Aquele aluno temperamental enxergava na escola a possibilidade de um lugar melhor e mais inclusivo, e isso ainda me motiva e deve continuar me motivando. Aquele José ainda sonha em cativar os olhos brilhantes daqueles alunos; José, não poderá deixar de pensar no aluno como protagonista central do ambiente estudantil. Ainda que o tempo passe e os espaços ocupados mudem, ainda que as canetas troquem de mão e de ponta, como docente eu não quero abrir mão de construir um espaço de aprendizado pensando no aluno. Um dia eu fui negligenciado, e vi um sistema repetitivo e pouco produtivo minar os dias dos meus companheiros. Como docente, posso não reinventar a roda, mas jamais deixarei de colocar meus alunos para dançar. Independente de tudo, o coração deve nortear a busca racional por uma melhora efetiva no sistema educacional vigente.
Não soltem as mãos meus queridos, acreditem em seus princípios antes de qualquer coisa, e não mudem em prol de algo se esse algo não fizer parte da transformação que habita os seus desejos primários. Nós, futuros docentes e aos já docentes, não nos esqueçamos dos nossos alunos em prol do nosso próprio umbigo, e é isso aí, pensar a escola e seus movimentos é sempre um ato contínuo. Boa noite meus queridos!
Quanto orgulho eu sinto desse historiador e de seus posicionamentos tão únicos. Eu te amo, homem água!